sexta-feira, 4 de março de 2011

Torre do Tombo

O Arquivo Nacional da Torre do Tombo (ANTT), popularmente referido apenas como Torre do Tombo, localiza-se no Campo Grande, em Lisboa. Constitui-se no arquivo central do Estado Português desde a Idade Média. Com mais de 600 anos, é uma das mais antigas instituições portuguesas ainda activas.
Ao longo dos séculos, a conservação dos seus documentos foi prejudicada por diversas circunstâncias: mudanças de local, incêndios, desvio de documentos para outros arquivos quando da Dinastia Filipina (1580-1640), o terramoto de 1755, a transferência da corte portuguesa para o Brasil (1808-1821) entre outros. Actualmente constitui-se numa moderna instituição, aberta a pesquisadores e público em geral.
O seu nome vem do facto do arquivo ter estado instalado desde cerca de 1378 até 1755 numa torre do Castelo de São Jorge, denominada "Torre do Tombo". A designação de tombo deriva do grego tómos que significa «pedaço cortado, parte porção; pedaço de papiro; daí, tomo volume», assim, por extensão, passou a designar os suportes onde se faziam registos e os arquivos dos mesmos, sendo a Torre do Tombo o local onde se guardavam os volumes e os papéis mais importantes por ser o arquivo real. Em 1755, em resultado do grande terramoto que atingiu Lisboa e que ameaçou de ruína a referida torre, o arquivo foi transferido para o Mosteiro de São Bento (actual Palácio de São Bento). Nessas instalações manteve-se até a construção de um moderno edifício sede, na Cidade Universitária de Lisboa, para onde foi transferido em 1990. Ocupando uma área de 54 900 metros quadrados e contando com cerca de cem quilómetros de prateleiras, este moderno edifício possui três áreas principais: uma para arquivo e investigação, uma para a realização de actividades culturais e a última para os serviços administrativos.
Entre 1997 e 2006, a Torre do Tombo, organismo dependente do Ministério da Cultura, foi oficialmente denominado Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo (IANTT), possuindo simultaneamente funções de arquivo nacional e de órgão de coordenação da política arquivística nacional. O IANTT, além do arquivo da Torre do Tombo, supervisionava também a generalidade dos arquivos distritais de Portugal.
O Decreto-Lei n.º 215/2006, de 27 de outubro, criou a Direção-Geral de Arquivos e autonomizou o Arquivo Nacional da Torre do Tombo - embora o colocando na dependência daquela entidade - e integrou o Centro Português de Fotografia na sua componente patrimonial. O diretor-geral de Arquivos é, por inerência, o diretor do Arquivo Nacional da Torre do Tombo.