Este mês falamos de...

Janeiro de 2011

Sophia de Mello Breyner Andresen

Biografia
Nasceu no Porto em 1919, onde passou a sua infância e juventude. De origem dinamarquesa pelo lado paterno foi educada num meio aristocrático.
Com 17 anos matriculou-se na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, mas não chegou a concluir o curso de Filologia Clássica.
Das suas férias de infância, passadas entre os areais e os rochedos da praia da Granja em Vila Nova de Gaia, guardou recordações que mais tarde inspiraram a sua obra. Os belos jardins e a luz característica do litoral do Norte, estão presentes nos seus livros.
A própria escritora afirmou numa das muitas entrevistas que deu:
"... Nas minhas histórias para crianças quase tudo é escrito a partir dos locais da minha infância."
Alguns dos seus contos infantis foram escritos quando os filhos adoeceram com sarampo. Tem uma vasta obra de poesia e contos e é, sem sombra de dúvida, uma das maiores poetisas portuguesas contemporâneas. Após o casamento com o advogado e jornalista Francisco Sousa Tavares, em 1946, fixa-se em Lisboa, passando a dividir a sua actividade entre a poesia e a actividade cívica, tendo sido notória activista contra o regime de Salazar. A sua poesia ergue-se como a voz da liberdade, especialmente em "O Livro Sexto".
Foi sócia fundadora da "Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos"e a sua intervenção cívica foi uma constante, mesmo após a Revolução de Abril de 1974, tendo sido Deputada à Assembleia Constituinte pelo Partido Socialista. 
Recebeu imensos prémios e foi a primeira mulher portuguesa a receber o mais importante galardão literário da Língua Portuguesa o Prémio Camões, em 1999.
Em 2003 recebe o Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana.
Faleceu no Porto, em Julho de 2004, com 84 anos.
Desde 2005, no Oceanário de Lisboa, os seus poemas, com forte ligação ao Mar foram colocados para leitura permanente, nas zonas de descanso da exposição.


Da sua grande obra literária distinguem-se: 

Narrativa - Contos Infantis
A Menina do Mar (1958), A Fada Oriana (1958), Noite de Natal (1959), O Cavaleiro da Dinamarca (1964), O Rapaz de Bronze (1965), A Floresta (1968), O Tesouro (1970), A Árvore (1985).

Poesia
O Dia da Mar (1947), Coral (1950) No Tempo Dividido (1954), Mar Novo (1958) Livro Sexto (1962), O Cristo Cigano (1961), Geografia (1967), Grades (1970) 11 Poemas (1971), Dual (1972), Antologia (1975) O Nome das Coisas (1977), Navegações (1983), Ilhas (1989), Musa (1994), Signo (1994), O Búzio de Cós (1997), Primeiro Livro de Poesia (infanto-juvenil) (1999), Orpheu e Eurydice (2001).




Dezembro de 2010

José Maria Eça de Queirós (1845-1900) nasceu na Póvoa de Varzim e faleceu em Paris. Estudou Direiro na Universidade de Coimbra, tornando-se amigo de Antero de Quental, entre outros. Participou nas Conferências do Casino e é um dos da Geração de 70. Foi nomeado cônsul, tendo viajado pelo Egipto, Cuba, Londres, Paris, etc. Das suas obras destacam-se Uma Campanha Alegre (1871), O Crime do Padre Amaro (1875-1876), O Primo Basílio (1878), A Relíquia (1887), Os Maias (1888), A Correspondência de Fradique Mendes (1900), A Cidade e as Serras (1901), Contos (1902) e Prosas Bárbaras (1903). Traduziu o romance de Rider Haggard, As Minas de Salomão. É considerado um dos maiores romancistas portugueses do século XIX.